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Preço do combustível: como funciona e qual o impacto no seu bolso?

por Redação Xpeed 05/03/2021

A insatisfação dos caminhoneiros em relação ao preço do diesel sujeitou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a cogitar a redução de impostos sobre o combustível.

Devido às falas do presidente, muita gente entendeu que era apenas acontecer uma diminuição no valor do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para levar, diretamente, a uma queda no preço dos combustíveis nos postos.

Só que, na prática, o valor que o consumidor paga para abastecer o veículo leva em consideração outros fatores além do ICMS.

Fica com a gente e veja como isso acontece.

 

O que é considerado para o preço do combustível

No caso da gasolina e do diesel, a adição de outros combustíveis à mistura eleva os preços.

Para se ter ideia, à gasolina que sai pura da refinaria é acrescentado álcool anidro, na proporção de 27% para a gasolina comum e aditivada e 25% para a gasolina premium.

Enquanto isso, o diesel sofre a adição de 12% de biodiesel.

Tais custos são incorporados ao preço dos combustíveis que vai para as revendedoras, em que o preço final é definido com:

  • O custo de manutenção dos postos de combustível;
  • E as margens de lucro das revendedoras.

A Petrobras pesquisa periodicamente os preços ao consumidor nas principais capitais e os dados atualizados você pode conferir sempre aqui.

De qualquer forma, para que entenda melhor, os fatores que compõem o preço do diesel e da gasolina estão listados abaixo.

 

Diesel

  • Distribuição e revenda (custos e margem de lucro): 12%;
  • Custo do biodiesel: 13%;
  • ICMS (imposto estadual): 14%;
  • Cide (contribuição compartilhada), PIS e Confins (contribuições federais): 8%;
  • Preço da Petrobras na refinaria: 53%;

 

Gasolina

  • Distribuição e revenda (custos e margem de lucro): 8%;
  • Custo do etanol anidro: 16%;
  • ICMS (imposto estadual): 28%;
  • Cide (contribuição partilhada), PIS e Confins (contribuições federais): 14%;
  • Preço da Petrobras na refinaria: 34%

Esses números se devem ao período de levantamento mais recente, que foi entre 14 e 20 de fevereiro, para o preço do combustível.

Assim, deu para perceber aí que grande parte do que o consumidor desembolsa reflete o preço cobrado pela Petrobras na refinaria.

Como num efeito dominó, alterações nos preços da Petrobras, que seguem a cotação internacional e o câmbio, refletem-se nos demais componentes do preço até chegar ao preço final.

Além disso, você também viu que impostos, adição de outros combustíveis à mistura e preços de distribuição e de revenda somam-se ao valor cobrado nas refinarias.

Isso porque, ao sair da Petrobras, o combustível sai com o valor do produto mais os tributos federais:

  • Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), partilhada com estados e municípios;
  • PIS (Programa de Integração Social);
  • E Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

Chegando às distribuidoras, o preço sobre o combustível passa a sofrer a incidência do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), definido por cada um dos estados e o Distrito Federal.

Saiba também que, a cada 15 dias, o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) – órgão formado pelas secretarias estaduais de Fazenda – publica no Diário Oficial da União uma pesquisa dos preços de combustíveis cobrados dos consumidores na bomba.

Tal pesquisa, posteriormente, serve como base para o cálculo do ICMS sobre combustíveis.

Dessa forma, quando há aumento de ICMS, o preço pode subir novamente, já que os postos costumam repassar o reajuste para o consumidor.

 

Relação do preço do combustível com o seu dinheiro

O valor pago pelo consumidor ao abastecer o veículo nos postos de combustível é um dos fatores que mais pesam no bolso do brasileiro.

Isso porque a locomoção, assim como a alimentação e o uso de água e energia, é essencial na vida de qualquer pessoa para a sobrevivência – não só para quem tem o próprio veículo, bem como para quem utiliza o transporte público.

Afinal, como ir até o mercado comprar os alimentos e voltar para casa para seguir usando energia e água sem um meio de transporte?

Pois é, por isso tudo, quando há aumentos no preço do combustível, você presencia uma comoção muito grande de uma significativa parcela das pessoas.

A todo momento, estamos nos deslocando de um lugar para o outro – mesmo em pandemia e com uma frequência menor, ainda precisamos comprar os alimentos, remédios e ir a hospitais para cuidar da nossa saúde.

Dessa forma, se você não se liga no preço do combustível, comece a acompanhar a partir de agora, porque isso afeta diretamente o seu bolso e, consequentemente, o seu controle e planejamento financeiro.

Quando o preço estiver mais alto, estude possibilidades de precisar menos do transporte que precisa de combustível para se locomover.

Agora, quando o valor estiver mais baixo e em conta, considere esses transportes e faça uso com mais frequência, pois não terá um impacto grande nas suas finanças e investimentos.

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Redação Xpeed

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