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Fundo de investimento: o que é, como funciona, tipos e vantagens

por Redação Xpeed 26/03/2021

Para variar, a Xpeed vem elencar os tópicos mais importantes para você ter um melhor panorama do fundo de investimento, desde o funcionamento até as principais vantagens.

Então, se você ainda não compreendeu muito bem do que se trata esse tipo de investimento, leia esse conteúdo até o fim e diversifique a sua carteira.

 

O que é o fundo de investimento

O fundo de investimento nada mais é que um tipo de aplicação financeira em que um ou mais investidores (cotistas) agrupam seus recursos para realizar aplicações em ativos mobiliários ou imobiliários.

Basicamente, funciona como um condomínio, onde cada integrante adquire uma cota (o equivalente a um apartamento), paga uma mensalidade para a administração e segue algumas regras preestabelecidas.

No fundo de investimento, há taxas para que a gestão tome decisões relacionadas aos ativos da carteira, incluindo novas aquisições ou vendas.

A regulamentação desse investimento é feita pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Esses órgãos são responsáveis por classificar e fiscalizar todas as atividades.

 

Como funciona o fundo de investimento

Para aplicar em um bom fundo de investimento, você precisa de quantias mínimas mais baixas do que as usuais – que começam em R$ 100.

Essa facilidade tem um preço e os fundos de investimentos podem cobrar dois tipos de taxas:

  • De administração;
  • De performance (que nem todos cobram).

Em relação às figuras envolvidas nesses fundos, uma das principais figuras é o gestor.

Fazendo o paralelo com um time de futebol, o gestor seria o técnico – que é quem decide aqueles que vão ou não vão jogar.

Existe também uma outra figura importante, que é a do administrador.

Esse é responsável por ver se tudo está ocorrendo conforme descrito na política de investimentos do fundo, então cabe a ele proteger os cotistas.

Os outros personagens são o:

  • Custodiante;
  • Distribuidor;
  • Auditor.

Apesar de tantos nomes, todos eles são peças fundamentais para trazer transparência, segurança e conformidade com as regras para os investidores.

A seguir, explicaremos sobre cada um desses personagens.

 

Custodiante

A função do custodiante, em boa parte dos casos, é exercida pelo próprio administrador.

No caso, essa pessoa acaba tendo que manter os ativos financeiros comprados pelo fundo de investimento sob custódia, ou seja, ‘guardados’ na carteira.

 

Distribuidor

O distribuidor é responsável por comercializar no varejo esse produto financeiro que são os fundos de investimento.

Na verdade, essa função acaba sendo desempenhada pelas corretoras ou pelos bancos em geral.

 

Auditor

Entre as normas e requisitos impostos pela CVM para que um fundo seja constituído, está a contratação por parte do gestor de um auditor independente e credenciado.

É esse auditor que vai atestar se o fundo está sendo gerido conforme as boas práticas do mercado.

 

Agora, o que é uma cota?

A cota é a menor parte de um fundo de investimento. Quando o investidor (cotista) aplica em um fundo, o mesmo adquire cotas.

Assim, o patrimônio total dele é composto pela somatória de cotas distribuídas (todas elas têm o mesmo valor), e a soma delas totaliza o patrimônio do fundo.

As taxas cobradas também são proporcionais à sua parte no fundo de investimentos, e o valor das cotas muda diariamente, conforme a performance do fundo.

Além das cotas, há outros elementos que compõem a estrutura de um fundo de investimento e que você precisa conhecer.

Vamos ver qual é essa estrutura, então.

 

Assembleia Geral de Cotistas

Embora o gestor tenha autonomia para decidir sobre diversos assuntos, há situações em que é exigida a aprovação por parte da Assembleia Geral de Cotistas para serem validadas, como:

  • Possíveis substituições na gestão do fundo;
  • Mudanças nas políticas de investimentos;
  • Nas formas de calcular taxas.

Aliás, todo cotista que detém mais de 5% dos ativos de um fundo tem direito a convocar uma assembleia – e a realização deve ser avisada com pelo menos 10 dia de antecedência.

Uma vez concluída, o gestor do fundo terá 30 dias para comunicar aos cotistas as decisões que forem tomadas.

 

Tipos de fundo de investimento

Segundo a Instrução CVM 555, o fundo de investimento pode apresentar 4 classificações – a depender da composição de sua carteira -, como:

 

Fundos de Renda Fixa

Os fundos de renda fixa, como deve se imaginar pelo nome, possuem regras de remuneração definidas no momento da aplicação.

Esses têm como principal fator de risco a variação da Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, e o IPCA, a inflação oficial do Brasil.

Entre os ativos que os fundos dessa classe investem, estão:

  • Os títulos públicos do Tesouro Direto;
  • As debêntures;
  • As emissões bancárias em geral, como CDBs, LCIs e LCAs;
  • Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs).

Por conta de os fundos de renda fixa terem menor volatilidade – quando comparados às outras classes -, logo, costumam ser mais compatíveis para o público conservador.

Mesmo assim, são importantes para qualquer perfil de investidor pelo quesito diversificação.

 

Fundos de Ações

Os fundos de ações possuem uma carteira de ativos investidos em renda variável.

O principal fator de risco do fundo de ações negociadas na Bolsa de Valores fica por conta da variação de preços dos papéis.

Como exigência da CVM, no mínimo, 67% do patrimônio líquido do fundo de ações deve ser composto por:

  • Ações, bônus ou recibos de subscrição;
  • Cotas de fundos de ações;
  • Cotas de fundos de índice de ações;
  • Brazilian Depositary Receipts (BDRs).

Em geral, são fundos que possuem um nível de volatilidade mais elevado quando comparados aos de renda fixa e multimercado.

 

Fundos de Multimercado

Os fundos multimercados têm o compromisso de se concentrar em nenhum fator em específico.

Dessa forma, são veículos que apresentam maior liberdade para alocação e podem investir em diversos ativos.

Por serem mais complexos, os fundos multimercados requerem um conhecimento mais aprofundado por parte do investidor.

Afinal, há uma ampla variedade de ativos e que precisam fazer sentido, juntos, dentro de uma estratégia traçada pelo gestor.

Por fim, possuem a liberdade de aplicação em ativos de renda fixa, renda variável e cambial, e ainda ótimo para diversificação de investimentos.

 

Fundo Cambial

O fundo de investimento cambial apresenta, como principal fator de risco, a variação do preço de moeda estrangeira ou cupom cambial.

Como exigência da CVM, no mínimo, 80% do patrimônio líquido do fundo cambial deve estar investido em ativos relacionados direta ou indiretamente a tal fator de risco.

Em geral, são mais comuns os fundos que buscam replicar a variação do dólar ou do euro.

Os gestores trabalham por meio de derivativos, via contratos futuros de moeda ou operações de swap cambial.

Além disso, é possível que invistam em títulos públicos ou privados denominados em moedas estrangeiras.

 

Fundos de fundos

Imaginou que existiria um fundo com esse nome?

Pois é, os fundos de fundos são uma categoria com uma característica específica: investir em outros fundos.

Aqui, vamos analisar como uma gestora trabalha os fundos de fundos para entender melhor as estratégias.

Com um mínimo acessível, a partir de algumas centenas de reais, é possível, por exemplo, montar uma carteira diversificada de fundos de renda fixa, multimercados ou de investimento em Bolsa.

Além disso, dependendo da gestora, é possível acessar estratégias exclusivas permitidos em alguns casos, como:

  • Investimentos em fundos, hoje, fechados para captação;
  • Ou apenas para Investidores Qualificados (dentro do limite permitido pela regulamentação).

Basicamente, então, as estratégias dos fundos de fundos replicam outras estratégias, sejam de ações, renda fixa, multimercados, entre outros.

 

Vantagens do fundo de investimento

Baseado em tudo que falamos aqui, conseguiu perceber quais as vantagens de se investir em um fundo de investimento?

Não?

Bom, de qualquer forma, vamos listar alguns abaixo:

  • Liquidez: com a agilidade na aplicação e no resgate das cotas (sem taxa e livre de impostos), facilita para apuração do imposto de renda;
  • Gestão especializada: formado por profissionais de mercado dedicados à gestão da carteira de investimentos;
  • Diversificação: acesso a uma carteira de ativos diversificados;
  • Acessibilidade: alcance para mais modalidades de investimento com menos recursos, para todo perfil de investidor;
  • Diluição de custos: os gastos com corretagem são divididos igualmente entre todos os cotistas.

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