A interferência de Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, no comando da Petrobras ganhou tanta repercussão, que a própria empresa estatal teve suas ações sofrendo alta queda na mesma semana.
Diante disso, a Xpeed vem detalhar para você o que é um empresa estatal, o que é a importância da governança corporativa nesse sentido e, ainda, quais os riscos para ficar de olho ao investir em ações dessas companhias.
Vamos lá!
Empresa criada por meio de lei, uma estatal pertence ao governo e é controlada total ou parcialmente por algum nível governamental – municipal, estadual ou federal.
Geralmente, empresas estatais são criadas para administrar recursos estratégicos do país, respeitar uma função social e garantir que a população tenha acesso a determinados serviços.
Além disso, são de Administração Indireta: segue um fundamento de descentralização ou distribuição de competências.
Na prática, isso significa que a empresa não é diretamente administrada pelos órgãos governamentais.
Isso porque o governo escolhe transferir essa tarefa a outras entidades administrativas, seja por meio da nomeação de cargo ou por meio de concurso público, por exemplo.
Ou seja, embora essas empresas sejam pertencentes ao Estado, o governo não necessariamente é dono da totalidade da empresa.
Muitas vezes, o governo abre mesmo a empresa para acionistas privados, que passam a exercer algum poder na administração e a receber alguma parte do lucro.
Dito tudo isso, conheça abaixo os dois tipos de estatais.
Essas são estatais que pertencem integralmente ao governo – dono de 100% das ações, de forma que a administração da empresa é totalmente pública.
A Justiça Federal é responsável por julgar quaisquer irregularidades dessas empresas, já que se trata de uma empresa do governo.
Exemplo de empresas desse tipo?
A Caixa Econômica Federal e os Correios são os principais.
Ao contrário do primeiro tipo, são empresas em que o Estado não é o único proprietário.
Essas empresas são abertas para acionistas privados e as próprias ações são comercializadas na Bolsa de Valores.
Nesse caso, isso significa que os acionistas possuem direito de voto nas decisões da empresa e têm participação nos lucros.
Mas sociedades de economia mista ainda são estatais, o que significa que o governo é proprietário da empresa.
Como assim?
Apesar de estar na Bolsa e acionistas participarem das decisões e dos lucros, a parte majoritária das ações pertence ao governo.
A Petrobrás e o Banco do Brasil são exemplos desse tipo de estatal.
A governança corporativa é importante, pois é um meio de assegurar que os interesses dos administradores estejam alinhados aos interesses dos donos do negócio.
Além disso, busca garantir que os processos e as estratégias estejam sendo corretamente seguidos, além de promover uma cultura de prestação de contas na empresa.
Dessa forma, com uma governança corporativa de boa qualidade e eficiente, você:
Isso tudo, principalmente, fundamento em 4 princípios básicos, de acordo com o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa):
Como já ficou evidente durante este texto até aqui, empresas podem ser controladas pelo governo e, ainda assim, possuir ações negociadas na Bolsa.
Aliás, com algumas dezenas de reais, já é possível se tornar sócio de uma das maiores petrolíferas de capital aberto do mundo.
Ou seja, não é preciso muito dinheiro, mas é importante ter um certo nível de conhecimento para entender o que está fazendo.
Exemplo?
Quando você adquire ações de uma empresa, espera que o gestor da mesma tome decisões que a façam crescer e lucrar, certo?
Afinal, ninguém investe o próprio dinheiro em algo esperando ter prejuízos.
O ponto é que as empresas só valorizam no decorrer do tempo quando bem administradas.
Seguindo essa lógica, você só deve investir o seu capital em companhias bem conduzidas, já que a má gestão resultará em prejuízos.
No entanto, no caso das estatais, grande parte é gerida por políticos ou pessoas indicadas (de forma direta ou indireta) pelos políticos que estão no poder.
Por um acaso, os políticos brasileiros são famosos por serem bons gestores?
Pois bem, diante disso, você ficaria tranquilo se transferisse a gestão dos seus investimentos para uma equipe de políticos ou para pessoas indicadas por esses políticos?
Na prática, é isso que acontece quando você investe em estatais adquirindo suas ações na Bolsa.
Os políticos e seus indicados tomam decisões que interferem nos resultados das empresas e, consequentemente, afetam os resultados dos investimentos dos pequenos investidores – que são os sócios minoritários.
Foi exatamente o que aconteceu com as ações da Petrobras logo após o presidente Jair Bolsonaro anunciar o desejo de mudar o presidente da estatal.
De qualquer forma, isso não significa que você deve sair vendendo as empresas por medo de maiores interferências.
O melhor a se fazer é analisar se os fundamentos dessas estatais estão atraentes, se as empresas possuem boas perspectivas no seu próprio negócio.
No fim das contas, o que vai dizer se a empresa vai gerar retorno ou não é a própria operação da mesma.
Assim, embora uma interferência mais populista possa diminuir esses retornos, se a empresa estatal for comprada no preço certo, ainda será um ótimo investimento.
Para não se dar mal, a chave está em investir com a maior margem de segurança possível e contar com uma reserva de caixa para eventuais quedas mais bruscas.
É uma das melhores formas para equilibrar a carteira e proporcionar condições para se recuperar diante de cenários mais adversos.
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