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Bitcoin: por que não para de subir e o que saber para investir

por Roberto Campos 13/01/2021

2021 chegou e ao contrário do ano anterior, em que a novidade foi a pandemia, desta vez está sendo a grande alta do Bitcoin.

Então, dessa forma está começando o ano, com esperanças renovadas e as criptomoedas subindo sem parar.

Caso você não tenha essa intimidade toda com como criptomoedas, não se preocupe, vamos explicar tudo o que está acontecendo para que possa falar sobre o assunto sem medo.

Para isso, organizamos o tema da forma a seguir:

  • Para começar: o que são criptomoedas ?;
  • Cenário de pandemia;
  • Transição para o digital (e como criptomoedas);
  • O que é mineração de criptomoedas;
  • O que envolve o Bitcoin.

Vamos lá?

 

Para começar: o que são criptomoedas?

Basicamente, uma criptomoeda é uma forma de dinheiro como qualquer outra, só que completamente digital.

Outra diferença importante é que, apesar de ela poder ser emitida por governos, na prática e como padrão acaba não sendo.

Porém, já existem governos que criaram suas próprias criptomoedas para tentar não perder o controle do estoque de moeda e, ao mesmo tempo, ganhar escala sendo pioneiro no tema.

Você entenderá melhor ao longo do texto, então seguimos em frente.

Objetivo do Bitcoin

 

Cenário de Pandemia

Depois de um 2020 muito complicado e o mundo todo praticamente em crise, 2021 promete ser um ano de expansão nas economias mundiais, como sinal de recuperação.

Isso até porque quase todos os países estão prometendo, mesmo, sair da recessão criada pela pandemia, então, isso gera uma sensação de esperança nas pessoas.

O que é até normal imaginar, depois de meses e meses confinados, que as pessoas só pensam em sair de casa e curtir a vida.

Porém, essa realidade ainda está a meio caminho de ser resolvida.

Como vacinas definido agora a ser distribuído em algumas países, mas ainda há que se vacinar bilhões de pessoas, portanto, não é uma tarefa fácil.

Outro fator dificultador no meio é que há uma observação de que o vírus, assim como o vírus da gripe, sofre mutações muito rápidas.

Isso reflete nas vacinas, que podem se tornar ineficazes e a pandemia rondando nossas vidas por mais algum tempo, infelizmente.

Por isso, teremos que esperar para ver o quão eficiente serão as vacinas produzidas e, posteriormente, distribuídas antes de mais nada.

 

Transição para o digital (e as criptomoedas)

Os Bancos Centrais estão utilizando a Tecnologia Blockchain para transformar as moedas nacionais em criptomoedas, o que é uma revolução para o sistema financeiro global.

Apesar disso, ou por causa disso, difícil saber exatamente os motivos, as criptomoedas estão em alta mais do que nunca.

Na verdade, durante toda a pandemia as criptomoedas aceleraram e vem ganhando espaço entre os investidores.

Interessante que alguns bancos grandes, que antes desprezavam, agora estão apostando nas criptos.

Dessa forma, hoje, estamos vendo acontecer com as criptomoedas o que antes já aconteceu com o e-mail.

Para quem não sabe ou não vivenciou esse período, com o surgimento da internet veio o e-mail, e as cartas ficaram muito mais em segundo plano, até porque pouca gente ainda escreve cartas hoje em dia.

Para se ter ideia, atualmente os correios entregam muito mais encomendas e contas ou extratos de cobrança, por exemplo.

As comunicações entre as pessoas no geral já passaram a ser quase que totalmente digitais, seja por e-mail, ou por mensagens instantâneas, como WhatsApp ou Telegram.

Então, a aposta do mercado é que as criptomoedas realmente transformarão o mercado de moedas da mesma forma.

Isso até que no futuro, todas as transações sejam 100% digitais, por meio de moedas digitais, criptomoedas e outros meios similares.

Se você não entende muito bem o porquê do sucesso das criptomoedas, elas se destacam por não existir a necessidade de um banco intermediador, uma autoridade central que controle o mercado.

O mercado de criptos é livre, universal e aberto a qualquer um. Hoje, por exemplo, qualquer um com uma conta no PayPal pode comprar criptos.

E as criptomoedas servem para todo tipo de pagamento, como outra moeda qualquer.

Geralmente, as três principais funções de uma moeda são:

  • Meio de troca, facilitando as transações comerciais;
  • Reserva de valor, para acumulação e preservação do poder de compra;
  • Unidade de conta, quando as mercadorias têm seu preço em função dela.

A única das três funções para a qual as criptos ainda não está sendo usada é a precificação, muito por conta da volatilidade dos preços.

Porém, uma vez que os valores das criptos estabilizem melhor, certamente serão usadas para essa mesma finalidade.

Funções de uma moeda

 

O que é mineração de criptomoedas?

Para entender como podemos minerar criptomoedas, você precisa saber que as moedas digitais representam um código complexo que não pode ser alterado.

As transações realizadas com essas moedas são protegidas por criptografia – daí o nome criptomoedas.

E, como não há uma autoridade central cuidando dessas transações, elas precisam ser registradas e validadas uma a uma por um grupo de pessoas que usam os próprios computadores para gravá-las no chamado blockchain.

No entanto, o Banco Central Europeu tem sido o mais incisivo e o mais explícito nesse sentido, pois sua intenção de implantar um euro digital já está avançada.

 

O que é blockchain?

Pausa para explicar um termo que mencionamos há pouco neste texto…

Blockchain é um enorme registro de transações, um banco de dados público em que consta o histórico de todas as operações realizadas com cada unidade de Bitcoin (todas as criptos funcionam de forma similar).

A cada nova transação, uma chave digital é criada e testada nesse banco de dados online para confirmar que quem está vendendo tem realmente esse direito.

Além disso, um novo registro é criado com os dados da transação e distribuído entre todas as máquinas que guardam esses registros.

Isso é feito para garantir que ninguém venda o que não tem, nem que possa vender duas vezes a mesma moeda, por exemplo.

Agora que você entendeu o que é o blockchain, fica mais fácil entender o que ou quem são os mineradores.

Na verdade, são eles que registram essas transações no blockchain:

  • Oferecendo ao sistema seus computadores para os registros, armazenamentos;
  • Conferindo as operações feitas com as moedas.

Em troca disso, os mesmos são remunerados com novas unidade dessas criptos, que são criadas justamente para pagá-los.

O pagamento, por sinal, é baseado na capacidade computacional e na quantidade de operações que cada minerador consegue executar.

Então, resumindo…

Mineração representa a criação de novas unidades de alguns tipos de moedas digitais.

 

O que envolve o Bitcoin

O Bitcoin possui uma característica importante: foi criado de modo a replicar a extração de ouro ou outro mineral, ou seja, existe um número limitado de Bitcoins que pode ser gerado.

Essa criptomoeda é a mais conhecida, já que está sempre nas mídias.

Ainda mais agora, que chegou a valer mais de US$ 30.000,00 (mais de R$ 150.000,00), saindo de US$ 8.163,69 há cerca de um ano, o que dá uma valorização de mais de 250% no período.

É importante lembrar que muita gente já usa criptomoedas para fugir da tributação imposta pelos diversos governos, dizendo que são instrumentos de proteção contra a ganância dos políticos.

Em parte, sim, é verdade que o controle sobre as criptomoedas é mais difícil, como para rastrear e, também, para tributar.

Digo “em parte”, porque todos nós temos a obrigação fiscal de declarar todo o patrimônio que temos na nossa declaração anual de imposto de renda.

Ao não fazê-lo, corremos o risco de ser pego pelo sistema e taxado com penalidades, dependendo do tipo de atividade envolvida no processo, como:

  • Multas;
  • Juros;
  • Penas privativas de liberdade;
  • E outras.

A verdade é que, sim, podemos manter nossas criptomoedas em um sistema que não há nomes, já que nenhum tipo de identificação é necessário nesses sistemas.

Porém, imagine que alguém investiu R$ 100.000,00 em Bitcoins no início de 2020, e agora tem R$ 359.063,85.

Então, esse investidor decide sacar o dinheiro e comprar um imóvel, surgindo a pergunta: tal dinheiro precisará entrar no sistema bancário normal para isso?

Não necessariamente, pois ele poderá pagar o comprador com Bitcoins de forma anônima.

De qualquer maneira, cuidado, pois os cartórios envolvidos enviarão esse registro para a Receita Federal.

Fraudar o documento também não é aceitável, uma vez que se comete crimes contra a ordem tributária e, assim, corre-se o risco de serem pegos pelos sistemas em algum momento.

 

E como você pode participar disso sem correr riscos?

Na verdade, você tem várias formas para tal, como:

  • Comprar cotas de fundos de investimentos em criptomoedas;
  • Negociá-las diretamente em uma corretora de criptos;
  • Ou ir ao PayPal e comprá-las por lá.

O Bitcoin, em específico, é uma reserva de valor totalmente descentralizada, já que seus usuários permanecem anônimos.

Por onde investir em Bitcoin

A maior questão é saber se uma alta de 250% pode ser um topo e que os próximos meses verão um retorno dos preços do Bitcoin a níveis de janeiro de 2020, ou não.

Pode também ser uma bolha?

Essas acabam sendo mais algumas perguntas que 2021 nos reserva.

Há muita esperança e expectativa nas vacinas, nas políticas de governo, nos empresários que já não aguentam mais ficar sentados sobre as mãos esperando que a crise passe para agir.

Ou seja, muitas coisas virão, com algumas novas, outras requentadas, mas a hora de agir está chegando.

Então, é preciso que estejamos preparados para o que vier pela frente, pois aparentemente será um movimento rápido de retorno e quem não estiver pronto perderá o tempo certo de entrar no mercado.

Mas e aí, você já investe em criptomoedas? Possui Bitcoins?

Compartilhe este conteúdo nas mídias sociais e deixe a sua posição em criptomoedas, pois queremos saber o que você está fazendo e pensando sobre o assunto.

Por hoje é isso.

Que 2021 seja excelente para nós, investidores!

Roberto Campos

Professor de Tributação de Investimentos Especialista em Imposto de Renda Pessoa Física, Contador com mais de 20 anos de experiência em Tributação de Pessoas Físicas e Pequenas Empresas.

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